A revolução cientifica e tecnológica provocada pelas novas tecnologia da informação, hoje é algo rotineiro e constante no dia a dia do comercio, fabricas, setor bancário, medico automobilístico e em grande parte do que imaginarmos .está tecnologia veio forte e parece para ficar.
O nosso setor agrícola não está imune a isto e já iniciou seu processo de informatização ,embora com atraso em relação aos demais setores.
Os motivos que levaram essas demora na informática no setor são diversos mas entre eles podemos citar:
Falta de experiência no setor agropecuário : No inicio da década de 80 diversas empresas de software identificaram a informática no meio rural como um grande filão a ser explorado porem o nosso setor possui características próprias que faz necessário antes de entender de informática conhecer o dia a dia no setor e suas peculiaridades próprias para só então desenvolvermos algum sistema realmente utilizado pelo fazendeiro .Os resultados foram produtos inadequados
Falta de experiência no setor da informática :No inicio da década de 80 também observava-se muito aquela situação onde um parente ou amigo do proprietário da fazenda fazia um curso rápido de informática e se credenciava a desenvolver um sistema que atende-se as necessidades do fazendeiro em administrar sua propriedades .Os resultados obtidos foram produtos pobre em informações e um sentimento de frustração com a informática.
Algumas particularidades do meio Agrícola também contribuíram para esse atraso entre elas podemos citar:
Ausência do habito no levantamento de dados :De uma forma geral os empregados de uma fazenda realizam suas tarefas sem muitos ou nenhum controle.
Decisões pela intuição : Ha uma parcela dos produtores que toma sua decisão baseada em sua experiência ao longo dos anos ,acreditando ser desnecessário demais informações para tomada de decisão .Está experiência realmente não pode nem deve ser desconsidera .Porém tais decisões auxiliadas com números ou dados potencializariam as chances de sucesso desse produtor .
Dificuldade de se determinar os custos : No setor agropecuário não ha praticamente nenhum produto que seja produzido sozinho .Até mesmo nos estabelecimentos mais especializados não se pode evitar a produção de leite e ovos sem a simultânea produção de carne e esterco .Este fato acrescido do fator Clima gera a conclusão errónea que é impossível realizar o calculo dos custos unitários de forma lógica da produção .
Dificuldade de se mudar : De forma geral todos nós evitamos as mudanças não gostamos de mudar nossas rotinas que resultará em novas adaptações no dia a dia e isto no setor agrícola é ainda mais arraigado principalmente nas propriedades de medias e baixa tecnologia .Hoje porém diversas lideranças do setor promovem a revisão desses valores que rapidamente estão sendo modificados.
Para complementar a demora da informática no setor podemos listar alguns mitos que criam frustrações no setor :
A informática faz uma fazenda ficar bem organizada errado a Boa Organização precede o uso da informática se ela não existir não haverá base para levantamento de dados e consequentemente não haverá informações confiáveis
Com a informática reduzo meus funcionários não necessariamente ,haverá de existir uma pessoa designada para digitar os dados no dia a dia da propriedade e poderá até acontecer de justificar a contratação de novos funcionários para aumentar a rentabilidade da propriedade.
Com a informática elimino a papelada sem sombra de duvida está informação pode ser correta porém a facilidade de se gerar relatórios e obter informações poderá ter como resultado um acréscimo de papel no dia a dia.
Para minha propriedade Apenas um programa sob medida serviria : não necessariamente actividades rotineiras como adubarão ,calagem ,preparo do solo, pulverização ,vacinação do gado , compra e venda de animais e praticamente todas as actividades da fazenda são actividades rotineiras ou e perfeitamente sistematizáveis ,como diria no meio de informática ,e consequentemente perfeitamente inseridas em um sistema .Talvez o que falte seja um bom software de prateleira para se adequar a sua situação.
Essas dificuldades aos poucos vem sendo superadas e empresários rurais conscientes dessa nova tendecia estão rapidamente se adequando as novas ferramentas de trabalho seus benefícios são muitos e mais que uma questão de status ou modismo será para os próximos anos uma questão de sobrevivência do setor .E como diz um velho ditado do interior “Quem chegar primeiro bebe água limpa”
* Marcelo Tacchi é agrônomo que desde 1995 está voltado para a informatização do campo. Sua empresa, a Ti-Agro, com atuação no país, América Latina, Europa e China, é a responsável pela gestão da Qualidade Total em cerca de 5 mil propriedades do país